Economia: Das fibras douradas orientais ao boi de pano

O Município de Parintins teve apogeu econômico quando os japoneses chegaram e se instalaram na comunidade de Vila Batista, hoje Vila Amazônia. O povo do sol nascente atravessou o mundo para implantar o novo ciclo de fartura nessas terras do coração da Amazônia com o cultivo da juta e malva, que se tornou a principal fonte de emprego e renda para as famílias, por mais de três décadas.

Além disso, os japoneses fortalecerem a saúde, com a instalação de uma unidade hospitalar na Vila Amazônia, sob o comando de Dr. Toda. Ryota Oyama aclimatou a semente asiática da juta, em Vila Amazônia, dentro do projeto dos Koutakuseis, coordenado por Tsukasa Uyetsuka, com o apoio do Governo do Japão, na década de 1930.

Com o ciclo econômico da juta, grandes empresas se instalam na cidade de Parintins, como a Fábril Juta, onde hoje é a Cidade Garantido, que empregou dezenas de pessoas na indústria têxtil.

Parintins já teve também o maior rebanho de gado bovino do Estado do Amazonas. Perdeu a posição para o município de Boca do Acre. Se o boi de carne sustentou por muitos anos a economia local, hoje quem dá as ordens, é o boi de pano. Com a ascensão do Festival de Parintins, boa parte da população se prepara o ano inteiro para ganhar dinheiro e conseguir um emprego temporário.

O Festival de Parintins é considerado o maior evento cultural da cidade de Parintins. Suas dimensões o tornaram um dos maiores do mundo. Em 2023, conforme a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), 110 mil pessoas estiveram na Ilha Tupinambarana entre os dias 30 de junho, 1º e 2 de julho.

Ainda conforme a Amazonastur, na economia do município foram injetados R$ 120 milhões.